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Forluz
EDIFÍCIO FORLUZ

O projeto do Edifício FORLUZ foi selecionado dentre demais projetos propostos para abrigar a sede da CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais e empresas coligadas.

Nosso trabalho foi orientado por três olhares. Três níveis fundamentais de relação ética e técnica com o espaço construído aos quais, ao nosso juízo, o novo edifício FORLUZprecisa responder.

O OLHAR DO MUNDO

As ameaças ao planeta exigem uma nova geração de edifícios, conservativos de energia e ecologicamente amigáveis.

Daí, partimos para criar um edifício verde com a utilização de sistemas especiais para as esquadrias, vidros e brises-soleil; ar condicionado, ventilação, instalações, automação e materiais de construção de baixo custo energético, uso da água de chuva e do lençol freático para procedimentos de serviço, estrutura independente com fôrmas reaproveitáveis e o emprego de células fotovoltaicas para co-geração de energia.

O OLHAR DA CIDADE

O novo edifício estabelece uma relação com o Júlio Soares; ícone da arquitetura brasileira dos anos 70. Escolhemos criar ali, a sensação de moldura, um gesto envolvente, receptivo.

Por isso não repetimos a “torre” já que poderia logo suscitar comparações, ou até mesmo alguma competição.

A solução em lâmina veio mais natural, pois não ocupa a área central do terreno.
Assim, seu delgado prisma vertical forma com a grande marquise da rua Mato Grosso, um diedro côncavo. Abre-se aí um amplo espaço que vai acolher o canto-cunhal da torre.

Os espaços abertos ao nível da Avenida Barbacena, enriquecidos pelo belo conjunto de Caesalpinias Ferrea e as horizontais da Rua Mato Grosso, apontam percursos que continuam: visadas livres para a cidade respirar.

Essa harmonia de elementos que se complementam é ao mesmo tempo sinal de respeito e gentileza.

 

O OLHAR DA INSTITUIÇÃO

A ForLuz quando parte para uma iniciativa dessa magnitude, quer ter segurança.

Propusemo-nos, portanto, a desenvolver a solução construtiva que assim se caracteriza:

  • vãos modulares e econômicos,

  • plantas flexíveis para facilitar múltiplos arranjos funcionais,

  • não compartimentação dos ambientes, objetivando integração e fácil referenciação,

  • ambientes claros e convidativos,

  • espaços que promovem o convívio e o bem estar,

  • facilidade de manutenção e monitoramento,

  • distâncias pequenas horizontais para áreas de conforto e escadas de segurança,

  • embarques e desembarques cobertos,

  • Ambientes de acesso dignos, legíveis e sem conflitos,

  • Mobilidade e acessibilidade para os deficientes físicos e idosos,

  • Shafts verticais e horizontais,

  • Presença constante do verde e das visadas para a cidade.

O resultado desta síntese é um edifício de 23 pavimentos que irá abrigar em seus andares tipo, com layout em andar corrido, os escritórios e usos correlatos. A flexibilidade das instalações é um princípio fundamental do projeto, considerando as dinâmicas organizacionais que poderão ser aplicadas.

Arquitetura

GPA&A, Trinia Arquitetura, Gustavo Penna, Alexandre Bragança, Ana Rita Massahud, Juliana Couri, Laura Caram, Laura Penna, Letícia Carneiro, Norberto Bambozzi, Paula Tavares, Priscila Dias de Araújo

Gestão e Planejamento

GPA&A, Trinia Arquitetura, Rísia Botrel e Flávia Mansur

Local

Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil

 

Dados Técnicos
Ano do projeto: 2008
Ano de conclusão da obra: 2014
Área construída: 59.000


Fotos

Jomar Bragança
Leonardo Finotti

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