








PARQUE ECOLÓGICO DA PAMPULHA
O Parque Ecológico da Pampulha nasce de uma operação de recuperação ambiental da antiga Ilha da Ressaca, às margens da Lagoa da Pampulha. O que antes era uma área degradada por assoreamento e resíduos foi transformado em um parque público de 30 hectares, dedicado à educação ambiental, ao lazer e à preservação da paisagem.
O projeto arquitetônico parte de um gesto simples: devolver à cidade um lugar de respiro, onde o tempo desacelera. Sem cercas visuais e com transições suaves entre cheios e vazios, o parque articula diferentes níveis de paisagem, da Esplanada aberta ao bosque fechado, da área alagada às trilhas internas, criando percursos fluídos, generosos e acessíveis.
A estrutura do parque se organiza a partir de cinco zonas: a Esplanada, para grandes encontros e eventos; o Bosque, com vegetação nativa de diferentes biomas brasileiros; a Área Alagada, que atua como espelho d’água e instrumento ecológico; a Reserva de Uso Restrito, voltada à proteção da fauna e flora; e a Enseada, com passarelas que tocam delicadamente o terreno.
As construções são discretas, integradas à natureza e distribuídas ao longo do parque: pequenos pavilhões de apoio, espaços de contemplação, centros de educação ambiental e palafitas de madeira. O paisagismo reforça a topografia existente, suavizando os limites e preservando a vegetação ciliar. O uso de materiais simples, como madeira e pedra, reforça o vínculo com o entorno e garante durabilidade.
Em 2009, o parque passou a abrigar também o Memorial da Imigração Japonesa, concebido como um gesto de união entre culturas. Uma ponte suspensa em aço atravessa o lago e conecta dois pavilhões: um voltado à arte contemporânea, outro à celebração do legado japonês no Brasil.
Mais do que um espaço verde, o Parque Ecológico da Pampulha é um projeto de permanência. Um território de reconexão com a paisagem natural, com a memória coletiva e com a cidade que o cerca.
Arquitetura
Gustavo Penna, Mariza Machado Coelho, Álvaro Hardy, Alexandre Bragança, Alessandra Rodrigues, Ana Rita de Barros, Bruno Santa Cecília, Celina Borges Lemos, Fernando Maculan, Laura Penna, Norberto Bambozzi, Pedro Morais, Roberta Vasconcelos.
Concepção Artística
Paulo Pederneiras
Gestão e Planejamento
Risia Botrel
Local
Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil
Dados Técnicos
Ano do projeto: 2002
Ano de conclusão da obra: 2004
Área construída: 270.000m² *
Fotos
Jomar Bragança
Leonardo Finotti
